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O que é o Dó móvel?

    O termo Dó Móvel origina-se do método Kodaly com base nos princípios do compositor, educador e folclorista húngaro Zoltan Kodaly (1832-1927). 

 

    As ferramentas da musicalização são, essencialmente, a voz e o ouvido – o corpo humano. Baseia-se na percepção, invenção, improvisação, imitação, memorização, leiturae notação da música.As notas, enquanto cantadas, são designadas pelos respectivos nomes no sistema relativo (Dó Móvel). Isso equivale a dizer que o nome das notas reflete o lugar que elas ocupam na tonalidade, e daí o som de cada grau, natural ou alterado, passa a ser associado com o seu nome e vice-versa.

 

    Qualquer música é solfejada em Dó Maior ou Lá menor, não importa em que clave e armadura ela esteja anotada, em oposição ao solfejo absoluto, onde o nome das notas é dado ao seu som fixo e isolado.

Ao cantar (solfejar), usa-se a nomenclatura do Dó Móvel, e ao falar (abordagem teórica), a nomenclatura tradicional do Dó fixo.

 

    Usa-se uma nomenclatura monossilábica completa, o dó-ré-mi-fá-sol-lá-si(ti) móvel, para designar as notas cromáticas. A escala maior cromática ascendente é solfejada dó-di-ré-ri-mi-fá-fi-sol-si-Iá-li-ti-dó; e a descendente, dó-ti-tá-lá-lô-sol-fi-fá-mi-ma-re-rá-dó. A menor cromática usa as mesmas sílabas, começando em lá. Essas são as sílabas que representam as funções de uma tonalidade ou modo, são as SÍLABAS FUNCIONAIS.

 

Os modos naturais são solfejados assim: 

 

MODOS DO TIPO MAIOR:

 

Mixolídio: dó maior com "ta"; Lídio: dó maior com "fi"; nordestino (Lidio b7): dó

maior com "fi" e "ta"; Jônio: dó maior sem nota alterada.

 

MODOS DO TIPO MENOR:

 

Dórico: lá menor com "fi"; Frígio: lá menor com "tá"; Lócrio: lá menor com "tá" e "má"; EóIio: lá menor sem nota alterada.

 

Notar que as notas "fi" e "ta" são as únicas características em todos os modos, exceto no Lócrio.

Um manossolfa especial é de relevante importância, pois dinamiza a relação professor-aluno e torna as aulas verdadeiras aventuras. O Método Kodaly parte da escala pentatônica (de fácil entoação, devido à ausência do semitom e do trítono) em sua expansão gradativa e alcança o cromatismo completo aos poucos, via melodias modais e tonais de textura diatônica e sua fusão. As melodias sempre são exemplos selecionados com esmero, extrapolando a proposta de meros exercícios.

 

OBSERVAÇÕES

 

• O método Kodaly é complemento inseparável da prática coral e vice-versa.

• A leitura vocal inevitavelmente conduzirá ao domínio da leitura instrumental, na qual não mais as notas, mas as linhas melódicas passarão a ser lidas.

 

• A teoria musical é mera complementação do método, e é apresentada posteriormente à prática, tal como acontece na relação alfabetizaçãoIgramática.

 

• O método também inclui e enfatiza a percepção e leitura rítmica, mas a presente oficina só a aborda superficialmente, concentrando sua proposta no solfejo relativo, visto que os valores relativos do ritmo – fato integrante – nunca deixaram de ser aceitos e aplicados, em oposição à dispensa da relatividade de alturas das notas no processo de leitura melódica.

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© 2019 por Marcelo Ramos

Projeto de Mestrado Profissional em Música

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